sábado, 4 de dezembro de 2010

Apneia do sono e síndrome metabólica

SÍNDROME DA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO (SAOS) é definida por episódios repetitivos de cessação da respiração durante o sono devido à obstrução total ou parcial das vias aéreas superiores durante a inspiração, associados à hipoxemia intermitente, sonolência excessiva diurna e fadiga. 

Vários fatores estruturais anatômicos tem sido apontados na etiologia da SAOS, entre eles deposição de gordura na região cervical, hipoplasia de maxila ou mandíbula, macroglossia e hipertrofia adenoamigdaliana.

Evidências sugerem que a apneia do sono é uma doença metabólica e sistêmica, estando associada à morbidade e mortalidade, principalmente de trânsito e doença cardiovascular. (Carneiro G et al 2007)

SÍNDROME METABÓLLICA reune pelo menos 3 das seguintes condições:
  1. obesidade visceral
  2. hipertensão arterial
  3. dislipidemia aterogênica (colesterol elevado(LDL), colesterol (HDL) diminuído, triglicerídeos elevados
  4. alteração da glicemia e diabetes tipo 2
  5. estado pro-trombótico (anomalia da hemostase)
  6. microalbuminúria
  7. hiperuricemia e gota
  8. síndrome do ovário policístico
  9. apneia do sono
  10. doença cardiovascular aterosclerótica
É possível encontrar todo este conjunto de fatores de risco metabólicos e cardiovasculares em pessoas com obesidade viceral mas com IMC normal.

A maior parte das pessoas com síndrome metabólica tem apneia do sono, apesar de não supeitar.

Portanto, "estabelecer os motivos que conectam distúrbio do sono à síndrome metabólica é extremamente importante", afirma Rosana Radominski, presidente da Associação Brasileira para estudos da obesidade e da síndrome metabólica (Abeso)

TRATAMENTO
  • CPAP (continuous positive airway pressure)
  • AIOs (aparelhos intra-orais)
  • emagrecimento
  • exercícios físicos regulares
  • acompanhamento médico clínico
  • suspensão do fumo e bebidas alcoólicas
 Dra Dilana Oppitz Kochenborger-CRO/RS 4816
 www.sonoclean.com.br

sábado, 13 de novembro de 2010

Privação de sono aumenta a obesidade em jovens

A diminuição do tempo de sono tem se tornado uma condição endêmica na sociedade moderna. Mesmo com toda informação disponível sobre os benefícios de hábitos saudáveis, vem aí uma geração de jovens envelhecidos e doentes precocemente.

 A saúde destes jovens é ameaçada pelos constantes excessos a que se expõem. Fatores como alimentação inadequada (excesso de lanches gordurosos, salgadinhos e bolachas), consumo elevado de álcool e fumo, sedentarismo, sono irregular e, inclusive negligência com relação a prática sexual, representam risco muito grande. Caso esse ritmo persista, eles não chegarão à idade dos pais nas mesmas condições.


Além de envelhecidos precocemente estarão obesos, com distúrbios do sono, doenças do coração, renais ou hepáticas.

Por que dormir pouco aumenta o apetite e engorda? 

A literatura atual tem encontrado associações epidemiológicas entre o prejuízo no padrão habitual do sono e a obesidade. Diversos estudos indicam que a privação do sono para menos de 8 horas diárias em jovens (ideal 9 horas), tem maior possibilidade de se tornarem obesos. O encurtamento do sono altera os hormônios que controlam a fome; por exemplo, os níveis de leptina (ação de reduzir o apetite) baixam, enquanto os níveis de grelina (ação estimulante do apetite) aumentam. Consequentemente, a fome e o apetite por ingestão calórica aumentam desencadeando a obesidade. Podemos dizer que o padrão adequado de sono torna-se fundamental para o controle da massa corporal, devendo ser incentivado pelos pais e profissionais da saúde. 

Obesidade e sono  

 A obesidade é considerada problema de saúde pública. É doença multifatorial causada por influências genéticas e ambientais. Entre os fatores predominantes que podem favorecer o aumento de peso estão:
  • ordem emocional
  • consumo de determinantes medicamentos
  • sedentarismo
  • estresse
  • privação de sono
  • apneia obstrutiva do sono 
O estresse causado pela apneia do sono (SAOS) parece ser o vilão responsável pelas alterações metabólicas que se associam à obesidade.

 A SAOS afeta aproximadamente 24% dos homens e 9% das mulheres. Caracteriza-se pela interrupção da respiração por mais de 10 segundos durante o sono, tornando-o fragmentado. Evidências deste fato são a preguiça e a sonolência excessiva diurna. 

 Estudo publicado no "The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism"(2004) trouxe à tona resultados preocupantes entre a relação do sono e obesidade em adultos jovens (entre 27 e 34 anos) que dormiam menos de 6 horas, tornaram-se obesos com suscetibilidade para desenvolver diabetes e doença cardíaca corornariana. 


Alerta no diagnóstico

Quem busca tratamento para obesidade, informe o médico se ronca ou não dorme bem. A partir deste dado será recomendado realizar exame de polissonografia para avaliar a existência de apneia do sono.

 TRATAMENTO para SAOS
  •  Mudança de estilo de vida (higiene do sono, emagrecimento, exercícios físicos regulares, padronização dos horários para dormir e acordar, alimentação rica em nutrientes e fibras, evitar bebidas alcoólicas e fumo)
  • Uso do CPAP (aparelho elétrico tipo compressor de ar que gera pressão positiva de ar nas vias aéreas), ou aparelho intra-oral, que permitem a passagem do ar pela garganta e impede a falta de oxigenação cerebral
  • Em último caso cirurgias específicas.
CONCLUSÃO



 Lembre-se que o encurtamento do sono muito comum na sociedade moderna é fator predisponente para a obesidade. A diminuição do tempo de dormir pode modificar o padrão endócrino que sinaliza fome e falta de saciedade por meio da diminuição dos níveis da leptina e aumento dos níveis da grelina, e até mesmo alterar as escolhas alimentares.

 A figura do jovem que dorme mal, é preguiçoso, come qualquer bobagem e a qualquer hora, que passa horas isolado diante do computador ou se expões demasiadamente ao sol, que fuma e bebe além da conta nas baladas, deve ser substituída urgentemente por um modelo mais saudável.

Para referências bibliográficas entrar em contato com:
Dra. Dilana Oppitz Kochenborger - CRORS 4816
Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial -área de atuação em Odontologia do Sono

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Dormir tarde prejudica rendimento escolar

No Brasil 35% das crianças e adolescentes tem problemas relacionados ao sono. Acredita-se que a TV com programação em horários tardios, como as novelas ou pais que chegam tarde em casa influenciam a rotina do sono destas crianças. Para termos uma idéia, países como EUA, Canadá Austrália, Nova Zelância e Reino Unido, a hora média de ir para a cama é 20 hs. (resultado de pesquisa da Johnson&Johnson em 21 países).

Crianças que dormem tarde ficam preguiçosas durante o dia, além de perder a concentração e o desempenho na escola. Também é observado irritação, choro, nervosismo e brigas com colegas.

 Curiosamente, pesquisadores descobriram que os adolescentes que dormem menos de 8 horas durante a noite, demonstraram alterações crônicas alimentares, consumindo 2,2% mais calorias provenientes de gorduras e, consequentemente aumento do risco de obesidade e doenças cardiovasculares.

O tempo ideal de sono para crianças em fase escolar é de 9 horas ou mais, por noite. 

Então o que fazer para ajudar?

  • Instituir regras com disciplina e horário para dormir
  • Ler histórias para a criança antes de dormir
  • A televisão deve ser desligada na hora combinada
  • Exercício físico intenso, brincareiras excitantes como pula-pula, música demasiado alta, jogos de vídeo, e tudo que estiver relacionado com o uso do computador a noite devem ser evitados
  • As luzes também desempenham papel importante no sono. Manter o quarto em semi-escuridão antes de dormir, ajuda a antecipação do sono.
Mas, antes de iniciar esta rotina é importante falar com a criança ou adolescente e fazer entender sobre a importancia de uma noite bem dormida para o desempenho diário escolar e qualidade de vida.

Persistência e amor ajudará seu filho a ajudar-se.

Contato: SonoClean - Dilana Kochenborger - CRO 4816





sábado, 25 de setembro de 2010

Apneia do sono - tipos




O Dr. me disse que posso morrer enquanto durmo. Quais as chances disso acontecer?

 Aproximadamente 763 milhões de pessoas no mundo inteiro roncam, e entre elas 80 a 90% não são tratados por falta de vontade, conhecimento próprio ou de diagnóstico.

Uma forma perigosa de ronco é chamada de apneia do sono.  Causa embaraços, motivo de brincadeira e muitas vezes a separação de quarto entre o casal.

 Devemos levar mais a sério o fato de roncar, pois realmente, quem sofre de apneia do sono, dependendo da gravidade, pode vir a  óbito, principalmente por complicações cardiorespiratórias em longo prazo, como infarto do miocárdio, arritmias,fibrilação, hipertensão arterial, AVCs, etc.

Os homens são mais afetados que as mulheres numa proporção de 3:1.

Existem 3 tipos de apneia do sono:
  
  •  Apneia Obstrutiva do sono: - a mais comum. Acontece quando há um bloqueio completo ou parcial da passagem de ar pela garganta, por mais de 10 segundos, várias vezes por hora de sono, terminando com esforço respiratório ou engasgo para voltar a respirar.  
  • Apneia Central: - Acontece quando a parada respiratória é comandada pelo sistema nervoso central. Independe do esforço respiratório.
  • Apneia mista: - Esta é a mistura dos dois eventos anteriores. Iniciando por uma apneia central e terminando pela apneia obstrutiva.
A principais consequências para quem padece desta doença é representado por sonolência excessiva diurna, irritabilidade, falta de memória e atenção, propenção para acidentes domésticos, rodoviários e no trabalho, falta de produtividade no trabalho, aumento gradativo de peso, aumento da pressão arterial, impotência sexual, entre outros.

O problema é sério e pode levar a morte, se não tratado em tempo. Sua evolução é lenta e progressiva, e deve ser acompanhada pelo médico do sono, dentista do sono, e por outras áreas da saúde comprometidas com seu tratamento correto.

Para saber mais acesse o site: www.sonoclean.com.br ou entre em contato pelo e.mail dilana@sonoclean.com.br

sábado, 18 de setembro de 2010

Receitas de chás para dormir

Ah! Como é bom deitar a cabeça no travesseiro, reencontrar o ritmo calmo da respiração, apagar todas as preocupações e estresses do dia para entrar no mundo da noite com bons sonhos.


O pulo-do-gato para relaxar à noite é aproveitar ao máximo o poder terapêutico no preparo de um bom chazinho antes de dormir, sendo a primeira recomendação feita por médicos aos insones.


 Mas, atenção! Há segredos quando a intenção é transformar o ato de tomar chá num antídoto aos insones.

 Evitar à noite os chás preto, verde, branco, mate, puro ou em misturas aromáticas. Infusões a base de rosa, laranja e canela também devem ser descartados, pois são energéticos e tem efeito estimulante.


Optar por ervas frescas sedativas como: melissa, flor seca de maracujá, valeriana, alface, erva-cidreira, erva-doce, camomila e hortelã.


Se quiser incrementar, crie um coquetel quente misturando camomila, erva-cidreira, flor de maracujá e melissa. É uma delícia e ajuda a fazer as pazes com o travesseiro.


 Como preparar corretamente seu chá:

 Para infusão de folhas, pétalas ou flores siga a seguinte fórmula:
  1.  Para cada litro de água use 4 colheres de sopa da erva fresca ou 2 colheres da erva seca. 
  2.  Ferva a água separadamente e depois numa vasilha despeje o líquido sobre elas assim que começar a ebulição.
  3.  Tampe a vasilha e deixe repousar 10 minutos;
  4. Coe em um bule pré escaldado.
Preparo para dormir bem:
  1. Escolha louças bonitas para servir o chá;
  2. Acomode-se em uma poltrona confortável e aconchegante;
  3. Agasalhe-se, se estiver frio, e tome o líquido sem pressa. Nesta atitude você já começa a descontrair, sinalizando ao cérebro que a última etapa do dia começou e que em poucos minutos seu corpo entrará em estado de repouso.
  4. Depois de tomar o chá, sente-se na cama, feche os olhos e ocupe os pensamentos com fatos agradáveis.
  5. Quando estiver relaxada, deite-se e preste atenção na respiração. (evita que as preocupações voltem à cabeça)
  6. Pronto! Siga a essência dos sonhos. 
Receitas de chás:

  • Hortelã para acalmar: Em uma xícara de chá, coloque 1 colher de sopa de folhas frescas de hortelã bem picadinhas e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos, coe e acrescente 1 colher de sobremesa de suco de limão.
  • Erva-doce para ansiedade: coloque 1 colher de sobremesa de folhas e ramos bem picadinhos de erva-cidreira-verdadeira em uma xícara de chá de água fervente. Abafe por 10 minutos e coe.  
  • Endro para o sono: em uma medida de 2 xícaras de água fervente, misture 1 colher de sopa de erva seca. Adoce com mel. 
  • Chá de alface como calmante: ferva rapidamente 2 folhas de alface fresca em 1medida de xícara de chá de água. A temperatura ideal para tomar este chá é morna. Evite deixar a colherzinha dentro da xícara, pois o metal altera as propriedades da alface. 
  • Erva-doce para repouso garantido: Em 1 litro de água ferva 10 g de sementes. Coe e beba. 
  • Manjericão para bons sonhos: Ferva 2 copos de água e coloque 1 colher de chá de folhas de manjericão. Deixe descansar por 10 minutos. Coe e beba.
Atenção: adoçar o chá compromete seus princípios ativos. Mas, não há problema nenhum em usar com moderação mel ou açúcar mascavo.

 Só me resta então, desejar todos, uma boa noite de sono e sonhos.

 Dilana Oppitz Kochenborger- CRO 4816
 www.sonoclean.com.br
dilana@sonoclean.com.br 
Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial 
Área de atuação em Odontologia do Sono

sábado, 17 de julho de 2010

Melatonina - qualidade do sono e juventude

A melatonina (N-acetil-5-metoxitriptamina) é um hormônio natural produzido pela glândula pineal, cuja secreção está diretamente relacionada ao ciclo claro-escuro. É um poderoso antioxidante e tem papel fundamental na regulação do estado sono/vigília, do ritmo de processos anti-inflamatórios, no combate a radicais livres, participando inclusive no controle do relígio biológico.

Promessas de manter a juventude:

A melatonina tem como principal função de regular o sono, ou seja, em ambiente escuro e calmo, seus níveis no organismo aumentam  causando sono. Outra função, não menos importante, é o efeito protetor diminuindo a taxa de mortalidade, bem como sua possível ação de retardo do envelhecimento e redução dos radicais livres (estresse oxidativo).

Melatonina e a idade:

Quando o indivíduo envelhece a glândula pineal calcifica diminuindo consequentemente a produção da melatonina. Começa a diminuir na puberdade e mais de 90% aos 70 anos. "Isso é a explicação para a insônia comum na terceira idade", diz o neuroloogista Andrew Monjan em entrevista a revista SUPER.

Respostas de defesa imunológica e inflamatória no organismo 

Em vários modelos experimentais de choque séptico e não-séptico, a melatonina tem efeito protetor, atuando como modulador de respostas inflamatórias e imunológicas. Estes efeitos podem ocorrer em concentrações compatíveis com o pico noturno de melatonina, ou em concentrações muito maiores, que sabidamente podem ser alcançadas quando administradas como fármaco.

Tratamento com melatonina:

 A melatonina não é considerada medicação, porque  é produzida pelo próprio organismo. Está mais para suplemento vitamínico. Por ser natural não produz efeitos colaterais, não induz dependência nem perde a eficácia com o tempo prolongado de uso. Os produtos encontrados no mercado são importados, com dosagem entre 1a 3 mg de hormônio. Tomar um comprimido à noite 2 horas antes de dormir. "Não recomendo o uso de ,melatonina se antes conversar com profissional e estudioso no assunto.


Contato para maiores esclarecimentos e referências bibliográficas:
 Dra Dilana Kochenborger - CRO 481
 www.sonoclean.com.br
 dilana@sonoclean.com.br

domingo, 30 de maio de 2010

Exercícios para RONCO

A Síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) é caracterizada pela obstrução total ou parcial da passagem de ar pela garganta por mais de 10 segundos, várias vezes por noite. É altamente prevalente na população mundial, masculina. Depois de instalada, com o passar do tempo, poderá gerar pré-disposição para o aparecimento de arritmias cardíacas, pressão alta, derrames cerebrais (AVC) e infarto do miocárcio.

Um dos sinais mais comuns que evidencia a presença do problema é o ronco alto durante o sono. A flacidez muscular faz com que as estruturas da garganta vibrem enquanto o ar passa. Normalmente a boca se abre e a língua vai para trás, dificultando a passagem de ar.
Podemos considerar o desenvolvimento e tratamento da apneia obstrutiva do sono (SAOS) como problema desafiador para pesquisadores, médicos e profissionais da saúde ligados ao assunto. A eficiência dos métodos atuais como dispositivos portáteis (CPAP) e aparelhos intra-orais (AIO), assim como a perda de peso, cirurgias e mudança de estilo de vida, variam muito em função do perfil do paciente e gravidade do caso.

Em concomitância aos tratamentos convencionais, são indicados série de exercícios com acompanhamento de fonodióloga, direcionados para o fortalecimento da musculatura da língua e garganta (palato mole).  São considerados complemento de tratamento e realizado com muita disciplina na vida diária do indivíduo para manter boa tonicidade muscular.

Esta  prática oferece bons resultados em 3 meses, na redução da apneia moderada para leve, no som do ronco alto para muito próximo da respiração normal e redução em média de 1 cm na circunferência do pescoço. Podemos considerar excelente alternativa de tratamento complementar para a SAOS.

Para saber mais, entre em contato com:
Dra. Dilana Oppitz Kochenborger
www.sonoclean.com.br
dilana@sonoclean.com.br
fones (51) 3024 4429 ou (54) 3331 5207








quinta-feira, 13 de maio de 2010

Apneia do sono em obesos

A prevalência mundial da obesidade vem crescendo de forma assustadora na últimas décadas em todas as idades, sendo considerado problema contemporâneo de saúde pública e mais importante de todos os tempos. Os custos para os governos com suas complicações atingem cifras de bilhões de dólares. 


O paciente obeso apresenta risco aumentado para inúmeras doenças, tais como hipertensão arterial, dislipidemia, cardiopatia isquêmica, diabetes mellitus, colelitíase, doenças respiratórias como síndrome de apneia hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS), cânceres e artrite.

Podemos entender  SAHOS como doença crônica, progressiva, incapacitante, com alta morbidade e mortalidade cardiovascular, caracterizada pela fechamento repetitivo das vias aéreas superiores durante o sono causando apneias e hipopneias com aumento do esforço respiratório. Como sintomas gerais, está presente o ronco, as pausas respiratórias, sono fragmentado, sonolência excessiva, desordens de humor, diminuição da libido e déficits de atenção e memória entre outros.

Podemos entender como sobrepeso o resultado de um balanço energético positivo e de longa duração, onde o índice da massa corpórea (IMC) está acima de 27 km/m2, a circunferência abdominal maior que 94 cm para homens e 80 cm para mulheres.

Aproximadamente 70% dos indivíduos apneicos são obesos. Esta  correlação é causado por estreitamento ou obstrução das vias aéreas superiores pelos tecidos moles da orofaringe, levando ao colapso durante o sono.

Portanto, a perda de peso para esses pacientes é essencial na redução da severidade da SAHOS e suas comorbidades. Porém, somente o tratamento clínico de emagrecimento não é eficaz a longo tempo, o que não ocorre com o tratamento cirúrgico.

Harman et al (1981) realizaram estudo para determinar o efeito da perda de peso sobre o índice de apneia em indivíduos obesos mórbidos do sexo masculino. E concluiram através do estudo polissonográfico que houve um declínio significativo dos episódios de apneia por hora, após uma perda em média de 47% do peso inicial. 

Rajala et al (1991), estudaram onze pacientes obseos com IMC maior que 40 kg/m2 e que realizaram gastroplastia, foi observado que seis desses pacientes não apresentavam mais episódios de apneia obstrutiva do sono.
 
De acordo com Scheuller (2001), indivíduos após 12 anos de cirurgia bariátrica apresentaram uma diminuição de 55% no índice dos distúrbios respiratórios. 

São condidatos ao tratamento cirúrgico, indivíduos com Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 40 kg/m2, ou com IMC superior a 35 kg/m2 associado a comorbidades como apneia do sono, hipertensão arterial, diabetes melitus, artropatias, dislipidemias.  

Segundo o Consenso Latino-Americano de Obesidade são reconhecidas três técnicos cirúrgicas: 
  • Totalmente restritivo - causam restrição do estômago (Banda Gástrica Ajustável, Cirurgia de Mason, Cirurgia de Sleeve)
  • Misto e predominantemente restritivo - os desvios gástricos como o Bypass Gástrico com e sem anel
  • Misto e predominantemente disabsortivo - as derivações bileopancreáticas (Duodenal, Switch, Scopinaro)
A técnica cirúrgica mais conhecida e estudada é chamada Bypass em Y de Roux. Esta cirurgica inicia com uma videolaparoscopia. O estômago que tem capacidade para cerca de dois litros é seccionado de maneira a se obter um novo estômago com capacidade de 15-30 ml.   Inicialmente, o funcionamento da cirurgia é através da restrição de ingestão de alimentos sólidos e em menor parte por disabsorção, uma vez que cerca de 150 cm do intestino delgado são desviados (técnica mista - predominantemente restritiva) 

O emagrecimento acentuado pode requerer cirurgias plásticas para retirada do excesso de pele.

Qualquer que seja a técnica cirúrgica escolhida, o paciente precisa ser acompanhado de perto por equipe especializada multidisciplinar.

Conclusão:

A perda de peso é essencial na redução da severidade da SAHOS, sendo o tratamento cirúrgico o que oferece maior resultado em pacientes com obesidade mórbida.

Contato: SonoClean
Dilana Oppitz Kochenborger - CRO 4816
Ortodontista com área de atuação em Odontologia do Sono
(51) 3024 4429 ou (54) 3331 5207
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terça-feira, 13 de abril de 2010

Dez motivos para você usar aparelho intra-oral em caso de ronco e apneia do sono

  
  1. Reduz o ronco primário em 100%
  2. Reduz a apneia do sono leve e moderada em 80%
  3. Restaura a qualidade de vida
  4. Cabe na palma da mão
  5. Não necessira de energia elétrica
  6. Não faz barulho
  7. É fácil de tranportar em viagens de avião ou ônibus
  8. Seu custo é muito baixo em relação as demais opções de tratamento
  9. Tem maior aceitabilidade e tolerância pelo conforto
  10. Método de tratamento não invasivo.

      

domingo, 11 de abril de 2010

Para quem ronca!

"Este casal não dorme com qualidade. Ele, porque ronca e ela porque tal barulho a deixa insone."

Roncar ou conviver com alguém que ronca é muito comum. Este distúrbio afeta mais de 1/3 dos adultos, correspondendo à profundas transformações na convivência conjugal e na vida do indivíduo sob aspecto físico, mental, psicológico e social.

O ronco além de causar constrangimentos entre os familiares, pode se tornar alvo de brincadeiras e chacotas entre os amigos ou ser motivo de divórcio.

Para melhor entendimento, o ronco é a vibração dos músculos da garganta quando o ar passa provocando som alto e estridente.


Qual é a causa do ronco:

- Dormir em supina ou barriga para cima
- Peso corporal aumentado com excesso de gordura no pescoço e abdomem
- Processo de envelhecimento
- Causas anatomicas como retrognatia mandibular (queixo pequeno), maxila estreita robando espaço da língua, presença de hipertrofia de amígdalas, desvio de septo, obstruções nasais, rinites, etc)
- Causas comportamentais como uso de bebidas alcoólicas, vida sedentária, uso abusivo de tranquilizantes

O ronco mata?

O ronco primário não, mas pode evoluir e se associar com outro transtorno, que é a apneia obstrutiva do sono. Este distúrbio, sim, pode levar a morte ou antecipá-la.

Então o ronco indica que algo está errado com a saúde e o sono?

Correto! O simples fato de roncar causa microdespertares degradando a qualidade do sono. Este fato demontra que algo está errado com a respiração durante o sono e pode levar, com o tempo, a consequências graves quando se associa a apneia do sono. 

O que é apneia do sono?


 É o bloqueio da passagem de ar pela garganta por mais de 10 segundos durante o sono. Pode acontecer várias vezes por hora, fragmentando o sono e potencializando para o surgimento de doenças do coração, cérebro e metabólicas.

Como saber quem sofre de apneia? 

Respondendo as perguntas abaixo:

  1. Presença de ronco alto e estridente
  2. Presença testemunhada de paradas respiratórias durante o sono
  3. Cochila durante o dia em qualquer situação monótona
  4. Tem sono agitado
  5. A memória e atenção estão reduzindo
  6. Já sofreu de acidente de automóvel ou doméstico por sono ou falta de atenção
  7. Dor de cabeça matinal
  8. Palpitação e sustos durante a noite
  9. A pressão arterial está aumentando
  10. O peso corporal está aumentando
  11. Está irritado
  12. Impotência sexual
Se possuir mais de 4 dos itens acima, procure um médico do sono ou dentista especializado nesta área para realização de exames específicos, diagnóstico e planejamento de tratamento adequado.

Atenção! Certifique-se que o profissional segue as exigências preconizadas pela AASM (American Academy of Sleep Medicine) e lembre-se que:

"O sono noturno é fonte inesgotável do suprimento de energia que alimenta a vida em todas a suas expressões"
 

Pense bem nisso!



Para maiores esclarecimentos e respostas para outras dúvidas entre em contato com
Dra. Dilana Oppitz Kochenborger
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dilana@sonoclean.com.br  ou
(51) 3324 4429 - Av Independência 1211, conj 210 - Porto Alegre - RS
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domingo, 14 de março de 2010

Apneia do sono na infância (PARTE II)



        SAHOS é o distúrbio do sono caracterizado por episódios repetidos de obstrução total ou parcial das vias aéreas superiores associado à dessaturação de oxigênio da hemoglobina no sangue arterial e alterações da arquitetura do sono. Na infância sua marca registrada está associada ao aumento da resistência das vias aéreas superiores (VAS). 

       A primeira referência das desordens respiratórias associadas ao sono em crianças data de 1836, quando o novelista inglês Charles Dickens em sua obra "Phosthumous Papers of the Pickwick Club" descreveu um garoto obeso de 10 anos de idade, que passava a maior parte do tempo dormindo e roncando alto, em situações semelhantes ao relatos atuais dos pacientes com síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAHOS).

       Somente nas últimas décadas a SAHOS na infância adquiriu importância crescente, quando em 1892, William Osler abordou pela primeira vez a ligação entre os sintomas diurnos e noturnos ao aumento crônico do tecido linfonoide. Em 1976, os estudos em crianças foram retomados por Guilleminault e colaboradores ao descreverem a síndrome como condição grave que difere na apresentação clínica, fisiológica, polissonográfica e sequelas em comparação com adultos.

Prevalência

       Estima-se que a prevalência de ronco em crianças seja de 3 a 12% e a SAHOS de 0,7 a 3%. Ocorre em qualquer momento, desde recém-nascidos até adolescentes. A predominância em pré-escolares na faixa etária entre três a cinco anos de idade coincide com o pico de maior crescimento do tecido linfonoide na faringe. Dados da literatura sugerem que a proporção da SAHOS é igual entre os gêneros em crianças. A provável explicação é por não apresentarem a influência dos hormônios sexuais. Na pós-puberdade a distribuição segue com predominância do gênero masculino.

Fatores de risco para a SAHOS na infância:

        A etiologia é multifatorial decorrente da associação de fatores anatômicos obstrutivos (hipertrofia adenotonsilar, laringomalácia ou má formação craniofacial) e neuromotores (hipotonia da musculatura faríngea e síndromes neurológicas que permitam o relaxamento excessivo e colapso da via aérea durante o sono).

Meios de diagnóstico
 Os principais sinais e sintomas noturnos são:
  • ronco habitual (mais de 4 noites/semana)
  • paradas respiratórias testemunhadas
  • desconforto respiratório
  • sono agitado
  • sudorese profusa
Os principais sinais e sintomas diurnos são:
  • hiperatividade
  • falta de atenção
  • agressividade
  • sonolência e preguiça
  • problemas de aprendizado
  • respiração bucal
Achados no exame físico:
  • presença de obstrução nasal
  • hipertrofia adenotonsilar
  • presença de alterações dentocraniofaciais como maxila estreira, palato profundo, má oclusão dentária (mordida cruzada posterior, mordida aberta anterior, incisivos protruídos) incompetência labial, lábio evertido, hipotonia dos músculos elevadores da mandíbula, língua alongada, alterações posturais da língua, alterações de dicção, mastigação e deglutição.
Tratamento

        Tradicionalmente a adenotonsilectomia tem sido o tratamento de eleição. Esta abordagem é limitada pelos riscos cirúrgicos e em alguns casos recorrentes, pois não está claro a proporção de crianças com aumento do tecido tonsilar que sofrem de SAHOS.

       Com muito sucesso, a ortodontia mecânica ou funcional  vem sendo associada ao tratamento medicamentoso ou cirúrgico otorrinolaringológico, pois o método amplia a cavidade bucal aumenta a passagem de ar nasal e espaço orofaríngeo, além de corrigir a má oclusão.

Conclusão

        Devemos levar em consideração o valor do diagnóstico precoce dos trantornos respiratórios do sono em crianças assim com pronto tratamento, seja para atresias dos maxilares, tratamento das alergias respiratórias ou das hipertrofias adenotonsilares. O intuito é evitar a transferência do problema para a fase adulta.

Para maiores esclarecimentos ou obtenção de referências bibliográficas entrar em contato com:
 Dra Dilana Oppitz Kochenborger - CRO 4816
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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Apneia do Sono e Acidente Vascular Cerebral (AVC)



Acidente Vascular Cerebral (AVC) constitui a segunda causa de morte no mundo e com altíssima morbidade com impacto nos cofres públicos. O conhecimento dos mecanismos de ação e fisiopatologia envolvidos no AVC é de crucial importância para promover condutas preventivas e desenvolver por sua vez alternativas terapêuticas de vanguarda que permitam o tratamento e controle eficaz.

Numerosos estudos publicados na literatura sugerem e confirmam os transtornos respiratórios do sono (TRS), especialmente a apneia do tipo obstrutivo como fator de risco na morbidade e mortalidade para eventos isquêmicos cerebrais e cardiogênicos.

A apneia-hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS) se define pela interrupção do fluxo de ar associado a um aumento do esforço respiratório por tempo superior a 10 segundos. A hipopneia é o subtipo da apneia obstrutiva que refere a uma redução de 50% do fluxo aéreo. Esta situação ocasiona queda da saturação de  oxigênio e fragmentação do sono. As apneias se quantificam segundo a Academia Americana de Medicina do Sono (AAMS) em base ao índice de apneia/hipopneia por hora de sono (IAH). Considerando patológico, quando este índice tiver valores entre 6 a 15 (leve), entre 16 a 30 (moderado) e acima de 31 eventos por hora de sono como grave.

O diagnóstico definitivo e padrão-ouro se realiza mediante exame de polissonografia basal.

A etiologia da apneia do tipo obstrutivo está originada em alterações anatômicas das vias aéreas superiores (hipertrofia de úvula, amígdalas, depósito de gordura na região do pescoço, desvio de septo, etc.); alterações comportamentais (obesidade, sedentarismo, consumo de álcool, ingestão de drogas relaxantes, dormir em posição supina, etc); alterações sistêmicas ou endócrinas (reistência à insulina, resistência à leptina,etc) e alterações funcionais como flacidez das paredes da orofaringe, atividade atípica do genioglosso, postura cervical, etc).

A prevalência da apneia está entre 2 a 5% da população em geral. Calcula-se que  mais de 20 milhões de brasileiros sofrem desta patologia e destes, 80% ainda não foram diagnosticados.

Mecanismos fisiopalológicos envolvidos na SAHOS e patologia cardio-cerebrovascular

SAHOS está associada a estimulação de diferentes respostas neurais, humorais, vasculares, inflamatórias e metabólicas, os quais desempenham um rol fundamental para o início da enfermidade cardio e cerebrovascular.

a) Mecanismos neurais
    A hipoxemia (diminuição dos níveis de oxigênio no sangue) seguindo de hipercarpnia (aumento dos níveis de gás carbônico no sangue) estimulam os quimioterápicos centrais e periféricos produzindo um aumento da atividade simpática vasoconstritora. Este último se associa a um aumento da pressão arterial, especialmente ao término do evento da parada respiratória (apneia). As trocas hemodinâmicas ocorrem em forma simultânea com a hipoxemia, hipercarpnia e acidose. Fatos estes, que irão gerar severo estresse no sistema cardiovascular.

b) Mecanismos vasculares
    A hipóxia intermitente e a reperfusão repetitiva que ocorrem durante a SAHOS se relaciona com a liberação de radicais livres, equivalente ao que se sucede nas injúrias por isquemia - reperfusão da parede vascular com aumento do risco de aterosclerose. A baixa de oxigênio no sangue constitui estímulo para a ativação de polimorfosnucleares que, por sua vez, se aderem ao endotélio dos vasos causando estresse oxidativo vascular. A liberação constante destas substâncias vasoativas vão causar danos a função endotelial e contribui para a manutenção da vasoconstrição, com liberação da endotelina, um potente vasoconstritor. O aumento dos níveis de endotelina durante a apneia vai ocasionar disfunção endotelial e vascular persistente com inibição da produção de óxido nítrico (substância vasodilatadora).

Os microdespertares durante a apneia vão constituir num paroxismo de hipertonia simpática, fragmentação do sono e consequente sonolência excessiva diurna. A privação do sono produz a liberação de citocinas, as quais inibem a síntese da enzima de óxido nítrico (vasodilatador). Consequentemente, maior dano endotelial por adesão leucocitária.

Sabe-se inclusive que pacientes com SAHOS podem sofrer de estados de hipercoagulação, pela excessiva ativação plaquetária.

c) Acidente vascular cerebral (AVC)
    Michael Artz, do Centro de Medicina do Sono de Toronto - Canadá, publicou resultados do estudo longitudinal e prospectivo em 1475 pacientes, "The Wisconsin Sleep Cohort Study", com 12 anos de observação, e confirmou a associação dos transtornos respiratórias do sono (TRS) com prevalência do AVC, além de comprovar que esta associação é independente de outros fatores de risco como: obesidade, hipertensão arterial, arritmias cardíacas. Em suma a prevalência do AVC está diretamente ligado com a severidade dos eventos respiratórios, com índice de apneia-hipopneia por hora de sono igual ou superior a 20 (apneia moderada) e com alta probabilidade de apresentar o AVC dentro dos 4 anos seguintes.

Outros estudos reportam a frequência e severidade dos transtornos respiratórios similares tanto para AVCs como para crises isquêmicas transitórias.

Mecanismos fisiopatológicos implicados no aumento do risco de AVC em indivíduos com SAHOS

Os mecanismos ainda não são totalmente conhecidos e provavelmente são multifatoriais como:

a) A pressão negativa intratoráxica ocorrida durante a apneia obstrutiva do sono, gera diminuição do fluxo sanguíneo cerebral. Esta redução recorrente, principalmente em pacientes com estenose arterial intracraniana, pode ocasionar lesões isquêmicas em áreas limítrofes e em áreas de artérias terminais, comprovado pelo exame Eco Doppler transcraniano.

b) SAHOS pode acentuar outros fatores de risco que se associa ao AVC como hipertensão arterial, cardioparia coronária, estados de hipercoagulação com aumento da agregação plaquetária. Drager et al observaram em estudo sinais precoces de ateroscleose com diminuição do diâmetro dos vasos em pacientes com SAHOS. Depois de 4 meses de tratamento houve redução da grossura da capa íntima e média da artéria carórtida com redução inclusive dos marcadores inflamatórios: proteína C reativa e nível de catecolaminas.

TRATAMENTO

O tratamento é multiprofissional e compreende diferentes alternativas como: mudança de estilo de vida através da alteração de medidas comportamentais, principalmente redução do peso corporal e posição de dormir; utilização de aparelhos intra-orais; uso de CPAP (pressão positiva contínua de ar); cirurgias como adenotonsilectomia, maxilofaciais, bariátrica e outros.

CONCLUSÃO

Existem suficientes evidências que assinalam a SAHOS como fator de risco para AVC, patologia potencialmente fatal ou incapacitante. Identificar e tratar precocemente a apneia do tipo obstrutiva pode constituir-se em estratégia terapêutica crucial para a redução da morbi-mortalidade associada aos acidentes vasculares, cerebrais e enfermidades cardíacas.

Há necessidade por instaurar urgentemente políticas de saúde preventiva como principal ferramenta de trabalho em campanhas de esclarecimento a população geral, que permitirá em futuro próximo a manutenção, controle e redução do alto risco de vida destes indivíduos.

Em caso da necessidade de referências bibliográficas, entrar em contato com:

Dra. Dilana Oppitz Kochenborger - CRO 4816
dilana@sonoclean.com.br
Fones (51) 3024 4429 - Porto Alegre - RS (Av. Independência 1211 conj 210)
           (54) 3331 5207 - Carazinho - RS ( Rua Ernesto Alves, 252)

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Síndrome da apneia obstrutiva do sono em crianças e adolescentes

Atenção: - não é normal a criança ter sono muito agitado, roncar, dormir de boca aberta, babar no travesseiro, sofrer de enurese (fazer xixi na cama após os 4 anos). Ela pode estar sofrendo de apneia obstrutiva do sono.

 
Na figura 2 - ilustração da apneia do sono, que é caracterizada pela ausência ou redução do  fluxo de ar pelo nariz ou boca enquanto dorme.

Ronco e respiração bucal são frequentes em crianças, podendo estar associados à obstrução das vias aéreas superiores com consequente hipoxemia noturna (falta de oxigênio no sangue) e fragmentação do sono. A falta de oxigenação a nível cerebral pode levar a alterações cognitivo-comportamentais (American Psychiatric Association, 1994).

A fisiopatologia difere a do adulto no tocante ao quadro clínico, diagnóstico e tratamento.

Meios de diagnóstico:
  1. Ronco alto e frequente (mais de 4 noites por semana) com paradas respiratórias testemunhadas e desconforto respiratório;
  2. Sono agitado;
  3. Sudorese profusa;
  4. Alterações de comportamento e aprendizado;
  5. Hiperatividade.
No exame físico observa-se:
  1. Obseidade;
  2. Criança com história de rinite alérgica crônica;
  3. Presença de obstrução nasal (hipertrofia de cornetos, pólipos, etc)
  4. Hipoplasia mandibular ou maxilar
  5. Palato duro ogival;
  6. Palato mole alongado;
  7. Hipertrofia de amígdalas
  8. Mallampatti modificado grau 3 ou 4 (retroposição da língua em relação a orofaringe)
  9. Hipotonia labial (quadro do respirador bucal)
  10. Deformidade torácica tipo pectus escavatum (sugere aumento do esforço respiratório de longa duração) 

Com RESPEITO à saúde da criança, o procedimento necessário será SEMPRE avaliado por equipe multiprofissional como o pediatra, o otorrino, o ortodontista e o neurologista, levando em conta que o diagnóstico e tratamento precoce corrigem a respiração com ganhos efetivos no crescimento e desenvolvimento da criança, assim como a nível cerebral com melhoria do aprendizado e déficit de atenção.

Tratamento:
  1. COMPETE ao médico pediatra o encaminhamento ao otorrinolaringologista para avaliar a necessidade da indicação cirúrgica das amígdalas e adenoides e ao ortodontista ampliar os maxilares, pois a atresia (estreitamento) da maxila resulta normalmente no aumento da resistência nasal com consequências no retroposicionamento da língua e diminuição do lúmen orofaríngeo. A escolha dos aparelhos odontológicos varia conforme cada caso, mas todos devem visar na ampliação no sentido transversal da maxila e vias aéreas respiratórias;
  2. Medidas comportamentais: - evitar fumo no ambiente onde a criança reside, tratar a rinite e infecções respiratórias, reduzir o peso da criança obesa;
  3. Em casos graves o CPAP é a melhor alternativa.
 Conclusão:

Podemos considerar que o ronco e apneia obstrutiva do sono na infância é PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA e o tratamento preventivo deve ser considerado prioridade e padrão desde a idade pré-escolar, escolar, na infância e adolescência até a idade adulta, restabelecendo ganhos da respiração, de crescimento craniofacial, de aprendizado, saúde geral e qualidade de vida.

Em caso de maior interesse na solução de dúvidas entrar em contato com;
Dra Dilana Oppitz Kochenborger-CRO 4816
dilana@sonoclean.com.br
www.sonoclean.com.br
Av. Independência 1211 conj 210 - Porto Alegre - RS (51) 3024 4429
Rua Ernesto Alves, 252 - Carazinho - RS - (54) 3331 5207

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Hipertensão arterial versus apneia do sono



A síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAHOS) é uma condição prevalente na população, associado a maior risco cardiovascular, frequentemente não-diagnsoticado. O seu reconhecimento requer alto grau de suspeita clínica, especialmente por cardiologistas e, pode ser confirmada por meio de polissonografia. 
Entre as consequências cardiovasculares estão as alterações no sistema nervoso autônomo, a hipertensão arterial sistêmica (HAS), arritmias cardíacas, doença arterial coronária, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca congestiva (ICC).
A hipertensão é considerada um dos principais fatores de risco de morbimortalidade cardiovascular e é um dos principais agravos à saúde publica no Brasil., onde a prevalência de HAS em portadores de SAHOS varia entre 40 a 90%. e a prevalência de SAHOS em hipertensos varia entre 22 - 62%.
Estudos mais recentes mostram que, em um período de quatro anos, aqueles indivíduos com índice de apneia maior que quinze eventos por hora de sono tem um risco três vezes maior de desenvolver HAS.
O tratamento deve ser realizado por equipe multiprofissional especializado na eliminação dos fatores que contribuem para esse quadro. Associando diversar formas como o uso de CPAP, aparelhos intra-orais, perda de peso corporal, exercício físico, redução de sal na dieta, moderação do consumo de álcool.

É hora, portanto, de quebrar dogmas e paradigmas. "A prevenção é a melhor solução". Se você ronca ou sofre da apneia obstrutiva do sono, procure um especialista em sono. Com certeza a sua qualidade de vida vai melhorar.

Dra Dilana Kochenborger - CRO 4816
SonoClean Odontologia (51) 3024 4429