Nas últimas duas décadas, o crescente número de evidências científicas deixou claro o impacto dos distúrbios do sono no sistema cardiovasculares. Por exemplo: - pacientes que sofrem de hipertensão arterial sistêmica, estudos mostram a prevalência de distúrbios do sono em 35%, chegando a 70% em casos de hipertensão refratária ou resistente; nos indivíduos coronarianos a prevalência é estimada em 30%; em pacientes portadores de fibrilação atrial, 50%; e, na insuficiência cardíaca, as estatísticas variam de 12 a 53%. Imaginando que temos cerca de 9% das mulheres e 21% dos homens com a forma de Apneia Obstrutiva do Sono (diagnosticados pela polissonografia), fica claro e evidente a nítida associação entre a apneia do sono com doenças cardiovasculares. Naturalmente, esta associação decorre do perfil do paciente na pré-disposição às doenças cardiovasculares, em que o sobrepeso/obesidade e síndrome metabólica são muito comuns. Neste ponto, encontramos um paradoxo: - mais de 20 milhões de brasilerios sofrem de distúrbios respiratórios do sono e, entre eles, 80 a 90% não foram diagnosticados.
Resumindo:
Resumindo:
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As
pessoas que sofrem de distúrbios do sono, tem cerca de três vezes mais chances
de desenvolver a hipertensão arterial em um prazo de até quatro anos, do que os
indivíduos que não tem problema.
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A
Apneia do Sono é causa reconhecida de hipertensão além de aumentar o risco de
infarto do miocárdio, acidentes vascular cerebral, arritmias, fibrilação
cardíaca e outras complicações cardiovasculares.
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Cerca
de 24% dos homens e 9% das mulheres apresentam a Apneia do Sono.
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As
estatísticas aumentam a cada ano, uma vez que cresce o número de obesos no
mundo.
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O
tratamento é multidisciplinar e quanto mais
precoce, menos chances de desenvolver complicações cardíacas.
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