sábado, 13 de novembro de 2010

Privação de sono aumenta a obesidade em jovens

A diminuição do tempo de sono tem se tornado uma condição endêmica na sociedade moderna. Mesmo com toda informação disponível sobre os benefícios de hábitos saudáveis, vem aí uma geração de jovens envelhecidos e doentes precocemente.

 A saúde destes jovens é ameaçada pelos constantes excessos a que se expõem. Fatores como alimentação inadequada (excesso de lanches gordurosos, salgadinhos e bolachas), consumo elevado de álcool e fumo, sedentarismo, sono irregular e, inclusive negligência com relação a prática sexual, representam risco muito grande. Caso esse ritmo persista, eles não chegarão à idade dos pais nas mesmas condições.


Além de envelhecidos precocemente estarão obesos, com distúrbios do sono, doenças do coração, renais ou hepáticas.

Por que dormir pouco aumenta o apetite e engorda? 

A literatura atual tem encontrado associações epidemiológicas entre o prejuízo no padrão habitual do sono e a obesidade. Diversos estudos indicam que a privação do sono para menos de 8 horas diárias em jovens (ideal 9 horas), tem maior possibilidade de se tornarem obesos. O encurtamento do sono altera os hormônios que controlam a fome; por exemplo, os níveis de leptina (ação de reduzir o apetite) baixam, enquanto os níveis de grelina (ação estimulante do apetite) aumentam. Consequentemente, a fome e o apetite por ingestão calórica aumentam desencadeando a obesidade. Podemos dizer que o padrão adequado de sono torna-se fundamental para o controle da massa corporal, devendo ser incentivado pelos pais e profissionais da saúde. 

Obesidade e sono  

 A obesidade é considerada problema de saúde pública. É doença multifatorial causada por influências genéticas e ambientais. Entre os fatores predominantes que podem favorecer o aumento de peso estão:
  • ordem emocional
  • consumo de determinantes medicamentos
  • sedentarismo
  • estresse
  • privação de sono
  • apneia obstrutiva do sono 
O estresse causado pela apneia do sono (SAOS) parece ser o vilão responsável pelas alterações metabólicas que se associam à obesidade.

 A SAOS afeta aproximadamente 24% dos homens e 9% das mulheres. Caracteriza-se pela interrupção da respiração por mais de 10 segundos durante o sono, tornando-o fragmentado. Evidências deste fato são a preguiça e a sonolência excessiva diurna. 

 Estudo publicado no "The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism"(2004) trouxe à tona resultados preocupantes entre a relação do sono e obesidade em adultos jovens (entre 27 e 34 anos) que dormiam menos de 6 horas, tornaram-se obesos com suscetibilidade para desenvolver diabetes e doença cardíaca corornariana. 


Alerta no diagnóstico

Quem busca tratamento para obesidade, informe o médico se ronca ou não dorme bem. A partir deste dado será recomendado realizar exame de polissonografia para avaliar a existência de apneia do sono.

 TRATAMENTO para SAOS
  •  Mudança de estilo de vida (higiene do sono, emagrecimento, exercícios físicos regulares, padronização dos horários para dormir e acordar, alimentação rica em nutrientes e fibras, evitar bebidas alcoólicas e fumo)
  • Uso do CPAP (aparelho elétrico tipo compressor de ar que gera pressão positiva de ar nas vias aéreas), ou aparelho intra-oral, que permitem a passagem do ar pela garganta e impede a falta de oxigenação cerebral
  • Em último caso cirurgias específicas.
CONCLUSÃO



 Lembre-se que o encurtamento do sono muito comum na sociedade moderna é fator predisponente para a obesidade. A diminuição do tempo de dormir pode modificar o padrão endócrino que sinaliza fome e falta de saciedade por meio da diminuição dos níveis da leptina e aumento dos níveis da grelina, e até mesmo alterar as escolhas alimentares.

 A figura do jovem que dorme mal, é preguiçoso, come qualquer bobagem e a qualquer hora, que passa horas isolado diante do computador ou se expões demasiadamente ao sol, que fuma e bebe além da conta nas baladas, deve ser substituída urgentemente por um modelo mais saudável.

Para referências bibliográficas entrar em contato com:
Dra. Dilana Oppitz Kochenborger - CRORS 4816
Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial -área de atuação em Odontologia do Sono

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Dormir tarde prejudica rendimento escolar

No Brasil 35% das crianças e adolescentes tem problemas relacionados ao sono. Acredita-se que a TV com programação em horários tardios, como as novelas ou pais que chegam tarde em casa influenciam a rotina do sono destas crianças. Para termos uma idéia, países como EUA, Canadá Austrália, Nova Zelância e Reino Unido, a hora média de ir para a cama é 20 hs. (resultado de pesquisa da Johnson&Johnson em 21 países).

Crianças que dormem tarde ficam preguiçosas durante o dia, além de perder a concentração e o desempenho na escola. Também é observado irritação, choro, nervosismo e brigas com colegas.

 Curiosamente, pesquisadores descobriram que os adolescentes que dormem menos de 8 horas durante a noite, demonstraram alterações crônicas alimentares, consumindo 2,2% mais calorias provenientes de gorduras e, consequentemente aumento do risco de obesidade e doenças cardiovasculares.

O tempo ideal de sono para crianças em fase escolar é de 9 horas ou mais, por noite. 

Então o que fazer para ajudar?

  • Instituir regras com disciplina e horário para dormir
  • Ler histórias para a criança antes de dormir
  • A televisão deve ser desligada na hora combinada
  • Exercício físico intenso, brincareiras excitantes como pula-pula, música demasiado alta, jogos de vídeo, e tudo que estiver relacionado com o uso do computador a noite devem ser evitados
  • As luzes também desempenham papel importante no sono. Manter o quarto em semi-escuridão antes de dormir, ajuda a antecipação do sono.
Mas, antes de iniciar esta rotina é importante falar com a criança ou adolescente e fazer entender sobre a importancia de uma noite bem dormida para o desempenho diário escolar e qualidade de vida.

Persistência e amor ajudará seu filho a ajudar-se.

Contato: SonoClean - Dilana Kochenborger - CRO 4816